Resumindo a Notícia
- Um influenciador está causando polêmica e preocupação na web.
- O especialista em fungos está cultivando a mesma espécie da série 'The Last of Us'.
- Ele ensina seus seguidores a criar o fungo com apenas um saco de arroz.
- Internautas estão com medo de que ele comece uma 'pandemia zumbi'.
Fungo de 'The Last of Us' existe no mundo real, mas não afeta humanos
Montagem R7/Divulgação HBO Max/Reprodução YouTubeUm influenciador tem deixado internautas preocupados, que acham que ele pode causar uma verdadeira "pandemia zumbi" ao criar o mesmo fungo da série The Last of Us.
Na trama do programa de sucesso, baseado no game de mesmo nome, um fungo chamado cordyceps é o responsável por dizimar a população mundial e transformar as pessoas em uma espécie de zumbi.
A página Spore n' Sprout tem ensinado seus seguidores a cultivar em casa o tal fungo, que existe na vida real.
O influenciador que comanda os perfis na web vende frascos de um serum de cordyceps por menos de US$ 13, ou R$ 67.
Somente no YouTube, o vídeo sobre como cultivar o fungo em um saco de arroz tem mais de 1,5 milhão de visualizações.
No total, o fungo atinge a "maturidade completa" entre 45 e 50 dias. O influenciador explica que quer espalhar conhecimento sobre cogumelos e seu potencial, para que as pessoas possam cultivar em sua própria casa.
"E assim a gente dá início ao fim do mundo", brincou um seguidor. "Moço, você jogou ou assistiu a The Last of Us? Se sim, para de mexer com essas coisas", pediu outra internauta, com medo.
"Agora, falando sério, será que ele está tentando recriar a pandemia da série? Alguém faz alguma coisa", disse mais uma pessoa assustada.
O fungo cordyceps, que pode inclusive ser encontrado no Brasil, é conhecido por interagir com os artrópodes (que incluem insetos, aracnídeos, crustáceos e outros). Ele se manifesta como um endoparasita, ou seja, vive dentro do corpo dos animais, "sequestrando" as funções motoras e mentais do ser no qual está habitando.
Em entrevista ao R7, o pesquisador Manoel Marques Evangelista de Oliveira falou sobre a possibilidade do cordyceps afetar as pessoas. “Para parasitar humanos, seria necessária uma mudança no perfil de infecção do fungo, o que poderia acontecer com mudanças climáticas", disse o profissional do Laboratório de Taxonomia, Bioquímica e Bioprospecção de Fungos do Instituto Oswaldo Cruz.
A temperatura do corpo humano é muito alta para que esse fungo consiga sobreviver. "A ideia de termos uma catástrofe causada por uma pandemia de fungos é relativamente improvável, mas seria muito mais assustadora do que a de Covid, porque a Covid se espalha em espaços relativamente pequenos, enquanto os esporos do fungo podem viajar por muitas milhas", avaliou o doutor Andrej Spec, professor da Universidade de Medicina de Washington em entrevista ao site do programa Today.
Confira abaixo alguns dos vídeos que mostram o cultivo do fungo cordyceps.
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