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Alguns filmes são estranhos, enquanto outros ultrapassam essa qualificação e parecem inacreditáveis. Um deles é Roar, um projeto pessoal do produtor Noel Marshall, que dirigiu e estrelou o longa, lançado em 1981, após cinco anos de filmagens. O filme foi considerado "o mais perigoso já realizado", por fazer com que atores interagissem com dezenas de leões e outros felinos selvagens, o que resultou em ferimentos graves e quase mortes
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No filme, um naturalista vive com animais selvagens em uma reserva natural e recebe a visita da família, e eles interagem com os animais
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Marshall teve a ideia quando produzia outro filme, em Moçambique, e viu leões dentro de uma casa, provavelmente escondidos de caçadores. E aí ele decidiu criar um filme com leões em uma casa
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Para isso, ele trouxe diversos grandes felinos resgatados de circos e parques ilegais para a própria casa, na Califórnia. O resto aconteceu naturalmente — os animais foram usados na gravação sem receberem treinamento que permitisse sua interação com humanos sem riscos
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Ao todo, foram 11 anos de produção. O filme foi lançado no mercado internacional, onde foi um fracasso de bilheteria
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Críticos elogiaram a mensagem de conservação da natureza, mas argumentaram que os diálogos e as situações de comédia eram pobres
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Mas pouco disso importa quando entendemos que o filme hoje é quase mitológico — muitas de suas imagens parecem criação de uma IA
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O filme quase impediu a existência da atriz Dakota Johnson, estrela de Cinquenta Tons de Cinza. A mãe dela — Melanie Griffith, na época com 14 anos — foi atacada com violência por um leão durante a gravação do filme
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Ao todo, 70 pessoas (metade dos envolvidos no filme) ficaram feridas durante as gravações, o que inclui atores
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Em 2015, quando o filme foi relançado nos EUA, John Marshall, filho de Noel, disse que o número "provavelmente passou de cem pessoas"
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Noel, que também estrelou o longa, foi mordido ao menos 11 vezes. O diretor de fotografia Jan de Bont foi escalpelado e levou 220 pontos. Um elefante também feriu duas pessoas — uma delas foi jogada contra uma árvore e teve um ombro quebrado
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Os incidentes na produção foram tantos que falta espaço para descrever. Após o encerramento das filmagens, a atriz Tippi Hedren fundou um santuário na Califórnia, para abrigar os animais que aparecem nas cenas
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O filme alcançou certo status cult e foi relançado em 2015 nos Estados Unidos. Alguns o chamaram de "obra-prima"
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