Resumindo a Notícia
- Grupo de orcas quebrou o leme do barco do brasileiro em apenas 20 minutos.
- Luis afirma que as matriarcas ensinavam os filhotes a atacar.
- A gangue ataca embarcações desde 2020 na região.
Uma gangue de oito orcas atacou e quase afundou o veleiro de um brasileiro que navegava de Lisboa para Ibiza no começo do mês de junho. Ataques de cetáceos a barcos estão sendo registrados com frequência na região do estreito de Gibraltar, e cientistas ainda não sabem exatamente as motivações por trás deles.
No momento do ataque, Luis Eduardo Lima filmava, achando que os animais apenas brincavam com a embarcação, que estava desligada. Mas logo percebeu que seu iate era o alvo.
O grupo quebrou o leme do barco em apenas 20 minutos, quando parou de atacar. No entanto, voltaram uma hora mais tarde para terminar o serviço, o que obrigou o proprietário a navegar por sua vida e ancorar no porto mais próximo.
Quando Lima voltou para a costa, compartilhou algumas fotos para mostrar os danos sofridos. Ele também escreveu que as orcas estavam ensinando seus filhotes a caçar e atacar, usando seu iate de campo de treino.
Gangue de orcas ataca embarcações desde 2020
Pexels - Reprodução/Facebook/Orca Attack Reports"É possível ver em um dos vídeos a matriarca subindo e atacando o leme com o filhote ao lado dela, então ela cai para trás e o filhotinho entra para tentar. Foi definitivamente alguma forma de educação e ensino acontecendo", completou Lima.
A líder da gangue aparentemente se chama Gladis, uma fêmea que coordena os ataques desde 2020. Sob seu comando, o grupo já causou dois naufrágios, além de inúmeros barcos danificados.
A suspeita principal é que algum evento traumático, provavelmente uma orca ferida pela passagem de um barco ou por alguma armadilha, desencadeou a violência das interações.
"As orcas estão fazendo isso de propósito. Não sabemos a origem nem a motivação, mas o comportamento defensivo baseado no trauma, como origem de tudo isso, ganha mais força para nós a cada dia", disse Alfredo López Fernandez, biólogo da Universidade de Aveiro.
*Sob supervisão de Filipe Siqueira
Orcas estão devorando o fígado, testículos e o coração de tubarões-brancos gigantes